A Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) promoveu, nesta semana, um treinamento sobre Bioeconomia. A parceria é do Instituto Del, Sebrae, Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Firjan, Senai, EIC Trier, Sequa e cooperação Brasil-Alemanha Deutsche Zusammenarbeit.
A Bioeconomia é uma a ciência que estuda os sistemas biológicos e recursos naturais aliados a utilização de novas tecnologias com propósitos de criar produtos e serviços mais sustentáveis. Os benefícios da aplicação da bioeconomia são o estímulo à inovação para uma área em que o Brasil tem potencial, o estímulo ao avanço tecnológico, melhoria da imagem do Brasil no exterior, desenvolvimento sustentável, consolidação de uma economia de baixo carbono. Assim, o crescimento de investimentos no país será visível, com a possibilidade de gerar novos empregos, maior segurança jurídica e novos modelos de negócios.
Mais de 15 profissionais de grandes indústrias como Aurora, Apti, Nord Eletric, Fullpack Embalagens e Gelnex participaram da capacitação. O gerente de engenharia Gilmar Colpani e a gerente de produção Letícia Santa Catarina da Fullpack Embalagens destacaram que os assuntos abordados trouxeram visão de oportunidades e recursos disponíveis para projetos de inovação. “A interação com profissionais de outras empresas, nos deu a possibilidade de conhecer, além das pessoas, parte da história e atividades de cada segmento. Durante a trilha foi possível que cada empresa idealizar um ou mais projetos de inovação, seja ele de um novo produto ou de adequação de um processo já existente, visando melhorar resultados, gerar economia e cuidado com meio ambiente,” aponta Colpani.
Letícia indicou que diante de cada projeto apresentado foi possível identificar que entre as empresas que estavam na capacitação. “Existia uma conexão entre fornecedor e cliente ou prestador de serviço do outro, gerando assim uma energia muito positiva entre todos os participantes que interagiram de forma espontânea em todos os momentos.”
Segundo o coordenador do Projeto Arandu pela Firjan, o pesquisador Gustavo Miranda, da Firjan, a formação dos participantes mapeia as oportunidades de inovação em bioeconomia. “As empresas participantes não apenas identificam as lacunas existentes, mas também naturalmente desenvolvem soluções que abordam esses desafios”.
Gustavo destacou que as empresas de Chapecó estão altamente engajadas no tema. “Esse comprometimento ativo e entusiástico tem se revelado como um dos principais pilares para o êxito alcançado. Estamos entusiasmados em continuar a jornada de capacitação e colaboração com as empresas e em futuros treinamentos, pois acreditamos que essa abordagem está verdadeiramente trazendo resultados significativos para a bioeconomia e o cenário de inovação como um todo”.
O primeiro encontro (29/11) foi de integração dos participantes, conceitos em bioeconomia, identificação de soluções para a indústria e estudos de caso. Para o segundo dia (30/11) houve a análise dos processos produtivos, mapeamento dos gargalos, identificação de soluções preliminares, criação de plano de ação e captação de recursos.