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Representantes de construtoras, imobiliárias, empreiteiras, de empresas de material de construção, trabalhadores do setor de construção civil e de demais segmentos ligados ao ramo participaram na manhã de quinta-feira, 19 de outubro, de uma manifestação em defesa da manutenção do programa ‘Minha Casa Minha Vida’. O evento, realizado na rua Barão do Rio Branco, no centro de Brusque, em frente a agência da Caixa Econômica Federal, reuniu dezenas de pessoas, que de forma pacífica protestaram contra a falta de repasses referente aos contratos do programa. Em todo o país foram realizadas ações semelhantes.
O manifesto contou com a presença de integrantes Núcleo de Construtoras e do Núcleo de Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). Com faixas e carro de som, o grupo repassou para a população de Brusque a insatisfação sobre a atual situação dos repasses. “A Caixa Econômica Federal, a nível Brasil, não está repassando os recursos conforme deveria e estamos com 90 dias de atraso na liquidez dos contratos. Até onde entendemos eles também estão querendo dificultar a liberação de novos recursos para o programa. Esperamos que não acabem com o Minha Casa Minha Vida, pois entendemos que se não há dinheiro, não há plano”, ressaltou na oportunidade o presidente do Grupo de Pequenas e Médias Construtoras de Brusque – Especial Minha Casa Minha Vida, Marcelo Guilherme.
União
Em Brusque, atualmente existem 80 construtoras que trabalham com o programa federal, envolvendo 3 mil empregos diretos e em torno de 15 mil indiretos.
De acordo com Horst Heinig, integrante do Núcleo de Corretores e Imobiliárias da ACIBr, que também é delegado e conselheiro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci/SC) e presidente do Conselho Estadual de Núcleos de Imobiliárias da Facisc (Cenisc) falou sobre os impactos que o fim dos repasses e ou do programa podem ocasionar.
“Queremos conscientizar a população sobre esse problema, que é político. Nós estamos trabalhando, construindo, vendendo, mas a questão política tem nos barrado. E isso não é apenas em Brusque, mas em todo o país. Ou seja, se hoje o Minha Casa Minha Vida parar, em todo o país serão mais de 15 milhões de desempregados”, comentou.
Para o coordenador do Núcleo de Construtoras, Daniel Appel Coelho a preocupação é de que não só o setor das construtoras sofre com os impactos do programa, mas também toda a cadeia que envolve o segmento. “A partir do momento em que esses problemas com as linhas de financiamentos se agrava, eles não são apenas problemas para as construtoras, mas também para os clientes que compram, os fornecedores, trabalhadores e todos que dependem dela. A manifestação é nacional e temos que nos unir para que realmente os governantes vejam a representatividade da nossa classe”, comentou.
A coordenadora do Núcleo de Corretores e Imobiliárias de Brusque, Juçara Benvenutti da mesma forma ressaltou a importância do programa e dos impactos que o seu cancelamento pode ocasionar a toda a sociedade. “Queremos deixar claro para o governo a nossa preocupação com essa situação e a importância desse mercado, que fomenta muitos negócios em nossa cidade e região. Por isso estamos unindo forças para que o governo entenda essa situação”, completou.
Além da manifestação, um ofício com a assinatura de empresas, entidades e participantes do manifesto será encaminhado aos senadores catarinenses que estão em Brasília.
O evento em Brusque teve apoio do Conselho Estadual de Núcleos de Imobiliárias da Facisc (Cenisc), da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), do Núcleo das Construtoras de Brusque da ACIBr, Núcleo de Corretores e Imobiliárias de Brusque da ACIBr, da Associação Catarinense de Construtores e Afins, do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci/SC), e da Federação Nacional dos Pequenos Construtores (Fenap).