Compartilhe
Formar uma comissão de acompanhamento das obras na Rodovia Antônio Heil (SC-486). Este foi o principal assunto discutido na reunião de diretoria da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), na noite de ontem, segunda-feira, 22 de fevereiro. O encontro reuniu também o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Michel Belli e o presidente do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (CEAB), o engenheiro Ackson Siqueira.
“Podemos afirmar o excelente serviço que a empresa Irmãos Fischer está fazendo no trecho que é de sua responsabilidade. Contudo, infelizmente, o Estado de Santa Catarina não vem cumprindo com a sua parte no restante da obra. A nossa preocupação é que o projeto pare sem ser finalizado e se transforme em um caso semelhante à duplicação da BR-470”, destacou o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.
Segundo ele, devem compor a comissão o Observatório Social de Brusque, que já tem experiência em fiscalização de obras, o CEAB pelo entendimento das questões técnicas ligadas à engenharia, a ACIBr, representantes do poder público de Brusque e Itajaí, bem como as associações empresariais e CDLs destes dois municípios.
“Todos acompanharam na imprensa, logo que se iniciou a obra, um movimento que questionava o projeto da duplicação da Rodovia Antônio Heil. Nós, enquanto entidade, nos manifestamos contra estes questionamentos porque pensamos na obra já licitada, licenciada e em andamento. Parar naquele momento, refazer o projeto e elaborar nova licitação representaria um atraso gigantesco. Hoje, a nossa preocupação está relacionada com a continuidade. Ainda não houve a desmobilização do canteiro de obras e o nosso receio é que, com essa paralisação se prolongando, a empresa se retire do canteiro e reincida os aluguéis de terreno e de maquinário pesado. E, daí, para trazer esta empresa de novo, estamos falando de um tempo muito longo para a importância que a rodovia tem e que, neste momento, está em precária condição de tráfego”, pontuou o presidente do CEAB, Ackson Siqueira.
O empresário Ingo Fischer afirmou que o trecho de responsabilidade da empresa Irmãos Fischer passou certo tempo em atraso devido às chuvas que atingiram Brusque e região nos últimos meses. Mas, neste momento, a obra já caminha para a finalização. Ele informou também que os serviços nos demais trechos foram suspensos por conta de um suposto aditivo de R$ 40 milhões que a empresa licitada solicita ao Governo de Santa Catarina para a continuidade da obra. “Estive nesta manhã em Florianópolis e fui informado que o Governo não abre mão, até porque não tem esse dinheiro e a empresa licitada não aceita continuar sem o recebimento do aditivo. Então eu acredito que é necessário formar uma comissão e ficar em cima para que seja finalizada a obra na parte que cabe ao Estado”, ressaltou o empresário.
O presidente do CEAB recebeu com estranheza a informação do aditivo de R$ 40 milhões, até porque acredita que o projeto foi bem elaborado, de acordo com a solicitação do Governo Estadual. Como o valor já estava garantido, o andamento da obra dependeria apenas da questão climática e das contrapartidas em indenizações. “Este projeto, a princípio, não apresenta nenhum problema crônico que justifique um aditivo de tal monta, ainda mais no início da obra, quando foram feitas apenas algumas escavações, três ou quatro estaqueamentos e algumas vigas”, esclareceu Siqueira.
No final do encontro ficou definido o envio de um ofício às demais entidades empresariais e poder público de Brusque e Itajaí para o agendamento de uma nova reunião que formalize a criação desta comissão de acompanhamento das obras na Rodovia Antônio Heil. A expectativa também é formar uma comitiva que reivindique a continuidade do projeto junto ao Governo de Santa Catarina.
Foto: O presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, ladeado pelo vice-presidente da entidade, Edemar Fischer e o presidente do CEAB, Ackson Siqueira: reunião discutiu a criação de uma comissão de acompanhamento das obras na Rodovia Antônio Heil
Fonte: Assessoria de imprensa ACIBr