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A Associação Empresarial de Blumenau (ACIB) enviou nesta semana ofício para o governador, Carlos Moisés, e o secretário da Defesa Civil do Estado de SC, David Busarello, cobrando posicionamento sobre a situação da manutenção das barragens do Vale do Itajaí.
A entidade está preocupada com a situação das estruturas localizadas nas cidades de José Boiteux, Ituporanga e Taió, que apresentam em comum problemas de manutenção. O caso da Barragem Norte, localizada em José Boiteux, é o mais problemático, pois além da estrutura necessitar de obras, há impasse com a comunidade indígena e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), devido a um sítio arqueológico encontrado no local.
O tema é discutido com frequência nas reuniões de diretoria da entidade, porém após as chuvas que caíram no início de maio e que elevaram o nível do Rio Itajaí-Açu a 9,38 metros deixando Blumenau em situação de enchente, fato que não se via há sete anos, sentiu-se a necessidade de cobrar novamente dos responsáveis.
“Blumenau sofre diretamente os impactos das chuvas no Alto Vale, pois recebe o contingente das águas vindas daquela região e que contribuem para o aumento do nível do rio. O que faz com que as barragens precisem estar em pleno funcionamento”, lembra o presidente Renato Medeiros. “O que vemos hoje é que a cada previsão meteorológica a comunidade fica apreensiva, além de não termos clareza de como está o andamento das obras e de quem são as responsabilidades”, completa.
O documento cobra, dentre outros assuntos: posicionamento sobre as conversas com a comunidade indígena a respeito do processo licitatório necessário para manutenção da estrutura, em relação à Barragem Norte (José Boiteux); informações sobre o andamento das obras de dragagem, limpeza e troca de grades da estrutura Sul (Ituporanga), além de pedido de informação sobre o vazamento de óleo constatado em uma das comportas da Barragem Oeste (Taió).
“Não podemos ficar à mercê a cada chuva. As barragens em funcionamento pleno são essenciais para a manutenção da vida de cerca de 1,5 milhão de habitantes do Vale do Itajaí que podem ser diretamente impactados no caso das cheias”, lembra o presidente.
A Defesa Civil informou ter recebido o ofício, porém os órgãos ainda não se manifestaram sobre o tema.